domingo, 30 de dezembro de 2012

História Volkswagen



Logótipo Volkswagen
A marca alemã Volkswagen foi fundada em 1937 pela indústria automóvel alemã. Em 1934, Ferdinand Porsche foi encarregado de conceber um carro para o povo alemão. Tendo para isso criado o Carocha, um modelo com motor colocado atrás, tracção às rodas traseiras e refrigeração a ar. Este modelo foi um dos primeiros automóveis a ser criado com recurso a um túnel de vento.
Em 1938 é construída a fábrica da Volkswagen, mas com o início da II Guerra Mundial, a produção foi alterada para veículos militares.
Em 1948 é retomada a produção dos Carochas.
Em 1950 é laçada a Volkswagen Transporter, uma carrinha para transporte de mercadorias.
No início dos anos 50, a Volkswagen aventurou-se no mercado americano com o Volkswagen Carocha. Inicialmente o Carocha não foi bem recebido no mercado, mas rapidamente as suas vendas foram aumentando, em grande parte, devido à enorme publicidade feita.
Em 1972 o Volkswagen Carocha quebrou o recorde de unidades produzidas, anteriormente detido pelo Modelo T da Ford, vindo a produzir mais de 21 milhões de unidades.
Com a necessidade de substituir o Carocha, a Volkswagen comprou a Audi em 1964. A Audi já possuía um vasto conhecimento na produção de automóveis de tracção dianteira e motor com refrigeração a água. Através da Audi a Volkswagen procedeu à criação de novos Volkswagen: Polo, Golf e Passat.
Em 1973 é lançado a primeira geração do Volkswagen Passat, nada mais do que uma nova geração do Audi 80. Este modelo já trazia tracção dianteira e motor com refrigeração a água.
Em 1974 é lançado o Volkswagen Golf, modelo em grande parte responsável pelo sucesso da Volkswagen. O Volkswagen Golf, no conjunto de todas as versões foi o carro mais vendido em toda a Europa.
Em 1976 a Volkswagen lança o seu primeiro motor a Diesel.
Em 1985 é lançado o potente Volkswagen Polo G40, um coupé com 129 cv que atingia uma velocidade máxima de 218 km/h.
Em 1990 a Volkswagen adquire a SEAT e em 1991 a Skoda.
Na década de 90 a Audi coloca-se no patamar da BMW e Mercedes-Benz, passando a Volkswagen a ocupar o seu anterior espaço, deixando o novo espaço para a SEAT e Skoda.
Em 1997 a Volkswagen introduz a nova versão do Carocha, sendo ele baseado na tecnologia do Volkswagen Golf.
Em 1998 a Volkswagen adquire a marca de luxo Bentley e as marcas de super desportivos:Lamborghini e Bugatti.
Em 1998 é lançado o Volkswagen Lupo, um automóvel capaz de percorrer 1000 km com um depósito de 34 litros.
Em 2001 é lançado o W8, o primeiro Volkswagen com 8 cilindros e o Volkswagen Phaeton, o primeiro automóvel de luxo lançado pela Volkswagen.
Em 2002 é lançado o SUV Touareg, cujo chassis é partilhado com o Porsche Cayenne.
Em 2005 a Porsche depois de boatos que seria comprada pela Volkswagen, adquire 18.65% da Volkswagen aumentando para 30% em 2007.

Historia da Ford

Logótipo FordA marca americana Ford foi fundada em 1903 por Henry Ford e um grupo de doze investidores. A Ford começou a produzir os seus modelos por ordem cronológica, desde o Modelo A de 1903 até ao Modelo S de 1908. Até esta altura, a Ford produzia os automóveis em pequenas quantidades numa fábrica alugada. Mas em 1908 com a mudança para uma nova fábrica, a Ford introduziu a primeira linha de montagem automóvel da história. Os modelos T começaram a ser produzidos em grande escala, de forma a diminuir o preço do automóvel. Os Ford Modelo T tinham a particularidade de serem todos de cor preta, devido à cor preta ser a que secava mais rapidamente.
Em 1914 a Ford, devido a uma eminente revolta dos funcionários, alterou as leis de trabalho na sua fábrica para aquelas que conhecemos hoje em dia.
Em 1919, Edsel Ford sucede ao seu pai na presidência da Ford, não deixando Henry Ford de pertencer à administração.
Em 1920 metade de todos automóveis nos Estados Unidos eram Modelos T.
Em 1928 é criado o logótipo oval com o nome Ford num fundo azul.
Com o início da II Guerra Mundial a Ford começou a produção em massa do bombardeiro B-24 Liberator, ocupando uma área de montagem de 330.000 m2. Em 1943 Edsel Ford morreu devido a um cancro no estômago. Pensa-se que causado pelo stress sentido na produção em massa do bombardeiro B-24 Liberator. Henry Ford foi então forçado a reassumir o controlo da Ford. Mas em1947, Henry Ford morre e é substituído por Henry Ford II.
Em 1955 a Ford introduz o Ford Thunderbird e em 1958 introduz a marca Edsel, mas a marca foi um fracasso de vendas sendo substituída pelo Ford Falcon em 1960.
Em 1964 a Ford lança o Ford Mustang o segundo “pony car” a aparecer no mercado americano, depois do Chrysler Barracuda. Apesar de ter aparecido depois do Barracuda foi um sucesso de vendas. A partir de 1965 começam a surgir algumas versões mais desportivas dos Mustang, sendo o mais conhecido de todos, o Shelby Mustang GT500 de 1967.
Depois de uma tentativa falhada de comprar a Ferrari, a Ford criou o GT40 para competições GT, conseguindo alcançar quatro vitórias consecutivas nas 24h de Le Mans desde 1966 a 1969.
Em 1979 a Ford adquire 25% da Mazda, aumentando para 33.4% em 1996.
Em 1980 a Ford introduz a 3ª geração do Ford Escort, conseguindo o título de carro europeu do ano.
Em 1985 a Ford volta a introduzir uma nova marca no mercado, a Merkur, mas também ela não teve sorte sendo extinta em 1989.
Em 1990 a Ford adquire a marca britânica Jaguar e em 1993 a Aston Martin.
Em 1998 a Ford adquire a divisão automóvel da Volvo e nesse mesmo ano lança o Ford Focus. O Ford Focus tornou-se um dos modelos mais bem sucedidos da marca, possuindo versões desportivas como o Focus RS (edição limitada).
Em 2000 a Ford compra a Land Rover à BMW.
Em 2004 a Ford introduz o seu primeiro motor híbrido no SUV Ford Escape.
Em 2005 é lançada a nova geração do Ford Mustang.
Em 2007 a Ford vende a Aston Martin, mas mantêm parte do capital da marca.

Funcionamento do motor quatro tempos

  1. Balancim da válvula de admissão;
  2. Tampa das válvulas
  3. Duto de admissão
  4. Cabeçote
  5. Galerias de arrefecimento
  6. Bloco do motor
  7. Cárter
  8. Óleo
  9. Eixo do comando de válvulas
  10. Balancim da válvula de escape
  11. Vela
  12. Duto de escape
  13. Pistão
  14. Biela
  15. Virabrequim
  16. Eixo do Virabrequim

Ao abrir o capô do seu carro você já se perguntou o que é que ocorre dentro do motor e que faz seu carro andar? Se já, então é para você que escrevemos este artigo inaugural da seção "Como Funciona". Aqui abordaremos os princípio dos motores a combustão interna, particularmente os chamados motors de quatro tempos.

Primeiro começaremos respondendo uma pergunta que surge naturalmente: por que quatro tempos? O nome vem da quantidade de etapas ou variações de volume ocorridas dentro de cada cilindro para que o motor complete um ciclo inteiro. Na discriminação de cada um dos quatro tempos ficará mais claro o porque desta nomenclatura.

Mas qual o princípio que faz a gasolina ao alimentar o motor produzir movimento? A gasolina é um elemento inflamável e sob algumas condições explosivo. Pois é justamente utilizando-se desta propriedade da gasolina (do álcool, diesel e outros combustíveis) que se consegue movimento do motor e consequentemente do carro, ou seja, através da produção de explosões controladas dentro da câmara de combustão dos motores, faz-se com que os pistões movimentem-se, produzindo movimento, daí vem a origem do nome - motores a combustão interna.
Para se produzir estas explosões dentro das câmaras de combustão do motor, são necessários quatro etapas ou ciclos de variação do movimentos dos pistões, até que um novo processo completo se inicie novamente. Acompanhe cada um dos "quatro tempos":

1º Tempo: ADMISSÃO - À medida que o pistão move-se do PMS (Ponto Motor Superior), ou seja, a posição mais elevada de seu curso, para o PMI (Ponto Morto Inferior), ou posição mais baixa de seu curso, à válvula de admissão se abre e a mistura de ar e combustível é vaporizada para dentro da câmara de combustão por aspiração, produzida pela descida do pistão. O Virabrequim efetua meia volta durante este tempo.
2º Tempo: COMPRESSÃO - A seguir a válvula de admissão fecha-se. À medida que o pistão desloca-se para o PMS, a mistura ar/combustível é comprimida. O Virabrequim executa outra meia-volta, executando a primeira volta completa (360º).
3º Tempo: COMBUSTÃO - Pouco antes do pistão atingir o PMS, o sistema de ignição transmite corrente elétrica à vela, produzindo uma faísca entre os eletrôdos desta, no exato momento em que o pistão completa seu curso ao PMS. Exatamente pela combinação da compressão da mistura e da faísca produzida, ocorre uma explosão dentro da câmara, que produz energia e gases. A energia produzida pelo processo empurra - na forma de expansão dos gases - o pistão para baixo até o PMI. O Virabrequim efetua outra meia volta (540º).
4º Tempo: ESCAPE - Depois da queima da mistura e da expansão dos gases, a válvula de escape se abre. Os gases formados durante o processo, são expulsados para fora do cilindro pelo movimento do pistão do PMI para o PMS. O Virabrequim efetua outra meia volta, completando 720º desde o início do processo.

Justamente porque o pistão realiza quatro tempos (Admissão, Compressão, Combustão e Escape) para somente então iniciar um novo ciclo completo, é que se dá a motores desta categoria o nome: Motor Quatro Tempos.

É importante salientar que nos motores quatro tempos, somente no tempo de Combustão que se produz energia mecânica, enquanto que os outros três tempos são passivos e consomem energia. Os motores de dois tempos são mais eficientes neste aspecto, justamente porque esta relação é de 50%, ou seja, um tempo ativo e outro passivo, mas este será assunto para outra matéria.

Joker

sábado, 29 de dezembro de 2012

Shelby Cobra – “A Serpente do Asfalto”



Carroll Hall Shelby iniciou nos negócios com uma pequena frota de caminhões de entulho e então decidiu entrar para o negócio do óleo, onde começou de do “zero”. Correu na categoria força livre com um Ford 1932 e depois passou a se dedicar às corridas de carros esporte com um MG TC.
Em 1964, Carroll Shelby posa com sua nova produção  e  carro de corrida Cobra – Venice, Califórnia. “É um potente motor, porém em um carro pequeno e leve.” – Shelby explica em poucas palavras, o segredo para o desempenho do Cobra.
Caroll Shelby iniciou a sua carreira de piloto em 1952. Em 1959, venceu as 24 horas de Le Mans ao volante de um Aston Martin e, três anos depois, viria a destacar-se ao volante dos roadster Cobra, cuja versão mais competitiva entraria na história como Shelby Cobra.
Entra para a história do automobilismo mundial, o norte americano Shelby Cobra 427 – Ford V8, nascido no ano de 1962, criado pelo piloto texano Carroll Shelby, chamado também de “A Serpente do Asfalto”.
O Shelby Cobra se tornou um dos principais ícones de corrida, principalmente às 24 horas de Le Mans, o qual venceu em 1966 e 1967. Tudo isso ocorreu, pois foi criada um aliança da Shelby com a Ford, a mando de Henry Ford II, que desejava de qualquer maneira vencer a prova com um motor da Ford Motor Company.
Shelby e sua equipe conferem cada detalhe da criação do primeiro Cobra preparado na ”Dean Moon Shop” – Santa Fe Springs, Califórnia, em fevereiro de 1962.
Em 1963 o Shelby Cobra venceu o Campeonato Americano de Construtores, vencendo com facilidade as Ferraris e os Corvettes. Essa era a maior prova do quanto esse carro era potente.
Primeira criação do Cobra  na loja “”Dean Moon Shop” em Santa Fe Springs, Califórnia.
Por uma grande felicidade do acaso que nasceu o Shelby Cobra. O seu criador, Carroll, ao saber que a fábrica inglesa AC iria parar de fabricar o roadster ACE, imediatamente entrou em contato com esta empresa sugerindo a aplicação de um motor V8. A AC aceitou a proposta contanto que fosse providenciado um motor adequado para o chassi.
Uma frota de Shelby Cobra cupês que está sendo montado e preparado.
Carroll entrou em contato com a GM e propôs a utilização dos propulsores V8 da marca, porém, a GM ficou receosa com a concorrência dos Coverttes, e não aceitou a proposta feita. Shelby teve a idéia de se comunicar com a Ford, que desejava um carro para competir com o Corvette e que já possuía um motor V8 compacto de alta performance que se encaixaria perfeitamente no projeto.
“Eu não vou tomar essa atitude derrotista e ouvir toda essa porcaria das pessoas que não têm nada a acrescentar, a não ser prever o caos.” – Carroll Shelby
O resultado foi o aproveitamento do chassi do ACE com a motorização do motor V8 Ford 260 (primeiro modelo de motor do Cobra). As rodas eram inglesas. O carro era quase 500 kg mais leve que o Corvette e isso fez muita diferença nas pistas, além da potência de 485cv do modelo de competição.
“Next year, Ferrari’s ass is mine!” - Fala de Carroll Shelby,após perder para a Ferrari. Já em 64 e em 65 Shelby cumpri o que disse e vence com o Cobra. Não mexa com o Texas!
 Ford, Shelby e sua equipe de artesãos conseguiram criar um carro que se tornou ao mesmo tempo, o mais amado, temido e copiado carro esporte em toda a história americana de automóveis.
Carroll Shelby, ao volante de sua criação – O carro Cobra – Venice, Califórnia, 1963.


OLDSMOBILE (1897 - 2004)


Eventualmente, a ameaça foi cumprida. Em 1992, a General Motors anunciou a sua intenção de concentrar a produção. Isso eliminaria algumas de suas marcas, e ela era a única, mas a decisão não foi cumprida. A Aurora protótipo, série de carros-se, foi o motor da ressurreição, mas não adiantou. Uma aguda falta de rentabilidade levou ao seu encerramento e uma história de séculos bonito.

OLDSMOBILE - expulsos pela General Motors

Ele era o mais antigo da marca em os EUA, que iniciou a sua actividade em 1897, e contribuiu para a formação do grupo GM

O desaparecimento da Oldsmobile começou em 1992, quando um executivo pousou em Detroit espanhol, López de Arriortua, que lançou uma luta incansável para concentrar a produção da General Motors, o que significava que se livrar de marcas menos rentáveis ​​do grupo. E estes foram Oldsmobile e Buick.
Pouco uso de seu glorioso passado e eles foram os primeiros a ser formado, junto com Stewart, General Motors Company segurando em 1908. A sorte estava lançada para o primeiro, cujas vendas tinham caído de forma alarmante e tinha uma gama de modelos atraentes. Mas um ano depois, a situação mudou radicalmente, não os presságios de Arriortua conheceu e um protótipo apresentado no Salão Automóvel de Detroit, o Aurora, foi o antídoto para a marca.

Mas as origens Vamos Oldsmobile, nome, como veremos, era para um modelo de carro e não do fabricante. Suas origens remontam a 1887, quando Ransom Eli Olds foi dedicado a experimentar com motores a vapor desenvolvidas para carros em movimento. Olds trabalhava na loja que seu pai era na cidade de Lansing, no estado de Michigan, onde até hoje ainda é feito carros Oldsmobile.

Ransom Eli Olds nasceu em 1864 em Genebra (Ohio), e aos 16 anos se mudou com sua família para Lansing, onde trabalhou no estúdio de seu pai, que o passou a correr em 1885. Ele construiu seu primeiro veículo completo, dois anos depois, equipado com um motor a vapor de dois cavalos de potência. Mas Olds estava interessado nas experiências com explosão gasolina mecânico alimentado ocorreu Otto e Brayton Daimler na Europa e na América.

O primeiro carro

Em 1897 ele construiu um veículo equipado com um motor de combustão interna a gasolina a potência do motor cinco único e capaz de funcionar com a velocidade tremenda de 30 quilômetros por hora. Ao mesmo tempo, formou a Companhia Veículo Olds Motor, que ingressou na empresa de seu pai, a PF Olds e filho no final do ano que mudou o seu nome, ela foi renomeada fábrica de motores a gasolina Olds.

Mas essas empresas não eram rentáveis ​​e passivos cresceu continuamente. Olds não desistiu e encontrou o parceiro perfeito em Samuel Smith, que criou a empresa em 1899, os Olds Motor Works, abrangendo as duas empresas já existentes.

O capital inicial foi de meio milhão de dólares ea presidência foi assumida por Smith, que nomeou seu filho Frederick tesoureiro e secretário da mesma, enquanto Olds assumiu as funções de vice-presidente e gerente geral.

A primeira ação da nova empresa foi a construção de uma fábrica em Detroit, que em seus dois primeiros anos colocou cerca de 11 veículos, gasolina e elétrico estavam a ser colocado à venda em 1901. No entanto, em 9 de março deste ano, houve um violento incêndio que quase destruiu completamente e com ele 10 dos 11 carros feitos. Só salvou um runabout 1900 feito tarde, respondendo ao nome Oldsmobile e construiu a base para a produção futura da empresa.

Assim nasceu o carro mais famoso na história da Oldsmobile, o Curved Dash, o primeiro carro americano construído em série, através de uma linha de montagem rudimentar. Era um carro. Simples, barato e funcional, mais próximo de uma carruagem de um carro equipado com um único motor acoplado a um cilindro de transmissão cavalos sete com duas velocidades para a frente e uma reversa O endereço era um leme do tipo alavanca. Ele chegou a produzir mais de 5.500 unidades em 1904, que contribuiu para o desenvolvimento do automóvel nos Estados Unidos.

Naquele ano, ele mudou-se para a produção de carros Lansing e Olds Ransom renunciou por causa de diferenças com Smith. Olds defendeu a utilidade como o Curved Dash, enquanto Smith preferindo carros maiores, luxuosos e caros, o que foi um fracasso.

Segunda vez

Mas, então, entrou em cena William C. Durant, que fundou a General Motors em 1908, com Buick, Oldsmobile e Stewart em si, que nesse ano foi de apenas 1.055 carros. Antes disso, Olds Ransom participou da fundação de uma nova marca de carros, Reo, nome formado pelas iniciais de seu nome.

Após duas décadas de contínuas mudanças nos métodos de produção, a marca encontrada no 30 e 40, a melhor maneira para o seu desenvolvimento: a inovação tecnológica. Anteriormente, em 1925, introduziu o uso de peças cromadas, e em 1927 todos os carros tinham quatro rodas freios. O modelo mais popular da época foi o F. Series

Em 1937 criou uma transmissão semi-automática, e três anos mais tarde, todos os modelos foram equipados com uma caixa de câmbio automática chamado Hydramatic.

Em 1942, o nome desapareceu Obras Olds Motor, a ser chamado de Oldsmobile.

Em 1949, ele desenvolveu um novo oito cilindros em V, cinco litros e uma potência de 135 hp que Futuramatic chamados de foguetes, que se tornou muito popular para ser usado em carros de corrida do campeonato NASCAR que dominou durante anos.

Vem Toronado

Em 1005 o primeiro carro de 1908 foi aprovada em 1933 e 36.072 em 1958 310.795. Naquele tempo, as SS motores de foguete modelo chegou a uma potência de 300 cavalos. O cutelo e Delta foram os mais populares carros Oldsmobile. Mas o mais importante veio em meados dos anos 60. Foi o Toronado.

Stan Wilen, designer-chefe, pediu a seus funcionários a fazer o carro que eu teria gostado de si mesmos. Assim começou um cupê de duas portas e cinco lugares equipado com um motor V8 de sete litros e 385 cavalos. Mas a sua principal característica era que seu carro estava nas rodas dianteiras, algo não visto em os EUA desde o Cabo de 30s.

Com o Toronado foi alcançado recordes de produção novas, para superar as 650.000 unidades em 1965, ano de comercialização. Sua última versão foi feita em 1978.

Os carros fabricados milhões foi alcançada em 1979, mas depois começou a desvanecer-se Oldsmobile. Produção diminuiu e da gama de modelos foi empobrecida. Hoje tem cinco carros, incluindo duas versões de outros veículos da GM. O protótipo Aurora, produzidos em massa, aumentou as expectativas de 1993, mas logo caiu de novo para voltar, a fim de que o juízo final foi cumprida Arriortua mas sete anos de atraso.


















A história do motor V8

Quem gosta de carros, motores, sem dúvida alguma tem uma queda pelos V8, não é? Não importa a marca, configuração, cilindradas cúbicas, potência, etc, o oito cilindros disposto em V é uma celebridade no mundo automotivo.

Mas se engana que estes V8 que tanto amamos são usados apenas em automóveis. O V8 que foi patenteado por Léon Levavasseur em 1902 tem sua “base” usada também em caminhões, barcos, aviões e até motocicletas.

As primeiras notícias que se existem de uso do oito cilindros em automóveis são da Rolls Royce que produzia motores para aviões e adaptou uma versão em uma pequena quantidade de automóveis, mas a produção em massa de carros com este motor deu-se com os Cadillacs. Estes carros usavam motores de 5429cc (331polegadas cúbicas). Após isso várias divisões da GM começaram a adotar este motor, assim como em outras empresas. Mas infelizmente com os problemas financeiros dos EUA estes motores pararam de ser usados em linhas de produção.



Este motor é cheio de particularidades interessantes, uma delas é que ele possui duas formas de disposição de virabrequim, fazendo um motor externamente parecido, mas internamente com características bem diferentes. Por exemplo, a opção de cross-plane é a configuração utilizada na maior parte dos carros V8 de rua. Cada “perna” está a 90° de angulo do cilindro anterior, então se olharmos do fim do virabrequim, veremos uma cruz. Com está configuração pode se conseguir um equilíbrio muito bom em termos de vibração do motor, mas exige pesados contrapesos sobre o virabrequim. Isso faz com que o V8 cross-plane tenha uma retomada de giro do motor que não consegue acelerar ou abrandar o ritmo muito rapidamente em comparação com outros modelos, devido à maior massa rotativa.

A ordem de disparos de faísca deste motor são relativamente regulares, as faíscas de cada bancada ocorrem na ordem Esq Dir Esq Esq Dir Esq Dir Dir. Em carros com duplo escape, este tipo de explosão faz com que o ronco fique “embaralhado”, fazendo com que a maioria das pessoas associem o seu com o de motores potentes. E já que falamos deste lindo som, abaixo você poderá ver alguns vídeos com este som maravilhoso.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Camaro



chevrolet camaro (2)
1967
Este foi o primeiro ano do Camaro . E já neste primeiro ano o modelo ultrapassou as 100.000 unidades vendidas . A ideia da montadora era vender um carro que poderia ser considerado fiel ao seu dono , e que seria capaz de oferecer um desempenho que nenhum outro modelo americano poderia oferecer. Foi a entrada da GM neste nicho de mercado.
1969
Este foi o último ano que a primeira geração do Camaro foi vendida. No total , foram mais de 270 mil exemplares vendidos em menos de três anos de vida.
chevrolet camaro (3)
1970
Ano de lançamento da segunda geração do Chevrolet Camaro , mais precisamente em fevereiro. Ela foi produzida durante muito mais tempo que a primeira geração , até 1981 . Conhecido como Europa , essa versão tinha um visual ainda mais marcante para a época por ser inspirado nos modelos de outros países. Além disso essa versão sofreu algumas pequenas atualizações nos anos de 74 e 78.
chevrolet camaro (4)
1974
Neste a segunda geração do modelo já era vendido em três diferentes versões : RS , SS e Z28 . Infelizmente alguns eventos atrapalharam as vendas do Camaro como a crise do petróleo e a Guerra do Vietnã . Durante este tempo a versão Z28 chegou a ser descontinuada.
1980
Neste ano foi lançado no mercado uma versão com motor V6 de 3,8 litros , em substituição do antigo.
chevrolet camaro (5)
1982
Em janeiro de 1982  finalmente a Chevrolet apresentava para o mundo a terceira geração do Chevrolet Camaro. Como de costume , o modelo foi totalmente remodelado , com linhas desta vez mais quadradas e futurista . Além disso a Chevrolet inaugurava a era dos motores com injeção eletrônica de combustível . Além disso o Camaro estava 227kg mais magro que o anterior. Nada mal.
1985
Ano da tão falada versão IROC-Z . Ela era uma versão do Camaro inspirada nos modelos de corrida que disputavam a International Racing of Champions , na época . Tinha uma suspensão ligeiramente aprimorada , barras estabilizadoras mais espessas e um sistema de injeção eletrônica baseado no corvette  , mais moderno . As rodas eram de 16 polegadas.
chevrolet camaro (6)
1992
Chegamos aos anos 90 . 1992 foi o último ano de produção da terceira geração . Além disso este ano também era importante porque marcava os 25 anos do modelo . Por isso este ano a GM fabricou um modelo especial , com alguns detalhes exclusivos , como um emblema no painel de instrumentos.
chevrolet camaro (7)
1993
Lançamento da quarta geração do Camaro . Ela manteve o padrão : Cupê de 4 lugares  motor dianteiro e tração traseira . Agora o Camaro era oferecido em duas opções de motor V6 e três opções de motor V8
1994
Lançado pela primeira vez o Camaro de terceira geração em versão conversível.
chevrolet camaro (8)
2002
Este ano o Camaro deixou de ser fabricado nos Estados Unidos devido a uma mudança de perfil de consumo do consumidor. Segundo a fabricante  esta decisão foi tomada para não desgastar a imagem do modelo . Com o nome preservado , o Camaro poderia voltar em uma época mais propícia.
chevrolet camaro (9)
2006
A Chevrolet apresenta no Salão de Detroit um protótipo do Camaro Concept . O sucesso do protótipo foi tão grande que a marca anunciou alguns meses depois que iria produzir o modelo oficialmente .
First-Drive-2010-Chevrolet-Camaro1
2009
A Chevrolet anuncia oficialmente o lançamento do novo Chevrolet Camaro.
2010
Além do Brasil e EUA , hoje o novo Camaro já está a venda no México , Caribe  Oriente Médio e Japão  além de vários outros . Além disso a Chevrolet já anunciou que pretende lançar o modelo na Europa  Rússia  Inglaterra , Coreias , China e também em Israel. O Camaro é fabricado atualmente na fábrica de Oshawa , no Canadá
2011
Para este Natal , a Chevrolet preparou uma versão conversível do Camaro . A série foi batizada de Convertible Neim an Marucs , nome de uma rede de lojas luxuosa . Todas foram vendidas pelo tradicional catálogo de Natal em apenas três minutos (!) . Quem não conseguiu comprar o seu , pode conferir uma unidade no Salão de Los Angeles.
E essa é a História do Camaro até o presente momento.

Dodge Charger


Nos anos 1960 um novo paradigma surgiu no mercado americano que marcou a história do automóvel para sempre. Baseados na mistura de carros compactos com motores potentes foram criados os muscle cars, ou "carros musculosos", que se transformaram em um fenômeno de vendas. Dentro dessa categoria dois modelos se tornaram imortais: os Dodges Charger e Challenger, que elevaram ao máximo a denominação desse conceito.
Charger: resposta à concorrência Em 1966 a Chrysler acompanhava insatisfeita o Pontiac GTO, o Ford Mustang e o Chevrolet Chevelle marcarem as ruas e estradas dos Estados Unidos com seus volumosos motores. Visto que não poderia ficar para trás nesse novo segmento, dos carros de acabamento simples e potente motorização, a marca da estrela de cinco pontas logo lançava seu representante: o Charger, um fastback derivado do Coronet, que acabara de ser reestilizado.
O primeiro Charger, de 1966: uma versão fastback do Coronet, com colunas traseiras alongadas, faróis ocultos sob a grade e boas opções de motor V8, de até 7,0 litros
O primeiro Charger, de 1966: uma versão fastback do Coronet, com colunas traseiras alongadas, faróis ocultos sob a grade e boas opções de motor V8, de até 7,0 litros
O novo Dodge exibia um visual inovador e agressivo, com os faróis escondidos por uma grade, o que somado à ausência da coluna central e à enorme máscara, que cobria todo o conjunto ótico traseiro, deixava claro seu apelo esportivo. Uma promessa devidamente cumprida, pois os motores disponibilizados pela Chrysler eram verdadeiras usinas de força.
Vários modelos eram oferecidos, desde o “pacato” 318 V8 (5,2 litros) de 230 cv de potência bruta (como todas as citadas neste artigo, salvo menção em contrário), similar ao do Charger R/T brasileiro, até o enorme e lendário 426 V8 Hemi (7,0 litros), que tinha dois carburadores de corpo quádruplo (quadrijets) e cabeçotes de alumínio com câmaras de combustão hemisféricas, a origem de sua denominação. Este motor foi adaptado das pistas de corrida para as ruas, tendo sua taxa de compressão reduzida.
O motor 426 Hemi vinha das pistas e fornecia 425 cv brutos. O Charger R/T 1968 já exibia novo estilo, com janelas laterais menores e um perfil mais equilibrado
O motor 426 Hemi vinha das pistas e fornecia 425 cv brutos. O Charger R/T 1968 já exibia novo estilo, com janelas laterais menores e um perfil mais equilibrado
O 426 de rua tinha potência de 425 cv, torque de 67,7 m.kgf e levava o Charger de 0 a 96 km/h em 6,4 segundos. Podia vir equipado com câmbio manual de quatro marchas ou automático de três; o restante das versões era vendido com caixa manual de três marchas. O Hemi vinha ainda com suspensão, freios e pneus redimensionados e a opção de freios dianteiros a disco.
Em todo Charger a suspensão traseira trazia uma mola semi-elítica adicional no lado direito, para conter a tendência da carroceria em se inclinar para esse lado nas acelerações vigorosas, o que leva à perda de tração da roda esquerda. A estrutura era monobloco, com chassi e carroceria integrados.
O sucesso do Charger foi imediato: no ano de seu lançamento foram vendidas 37.344 unidades. Além do desempenho, contribuíam o preço, que oscilava na casa dos US$ 3 mil (US$ 17 mil atualizados), e a excelente garantia de cinco anos ou 50 mil milhas (80 mil quilômetros). Desse total apenas 468 unidades tinham a motorização 426 Hemi, o que logo a tornou uma raridade.
A aparência frontal agressiva, sem faróis aparentes, insinuava o desempenho que o Charger R/T extraía dos grandes V8 de 5,2 a 7,2 litros -- este último, o 440 Magnum, com 375 cv brutos
A aparência frontal agressiva, sem faróis aparentes, insinuava o desempenho que o Charger R/T extraía dos grandes V8 de 5,2 a 7,2 litros -- este último, o 440 Magnum, com 375 cv brutos
Um ano depois era lançada nova motorização: o 440 V8 Magnum (7,2 litros), que despejava 375 cv de potência e 66,3 m.kgf de torque. O 426 Hemi continuava sendo oferecido mas, mesmo com menor potência, o Magnum se tornava o motor mais cobiçado do modelo, devido ao alto custo do 426 e sua menor confiabilidade (o 440 era derivado dos utilitários Chrysler). No desenho pouca coisa mudava, apenas a opção de teto em vinil.

Ganhando esportividade

A primeira reestilização vinha em 1968. O Charger ganhava uma nova carroceria, com linha de cintura alta, que conferia maior robustez, faróis escamoteáveis sob uma profunda grade negra, pára-choques mais estreitos que se integravam ao pára-lamas, faróis de longo alcance, vincos nas portas, coluna traseira com ângulo reto e largo, lanternas duplas e redondas. Os vidros laterais traseiros eram menores e triangulares, o que garantia a agressividade do novo estilo. Era um carro totalmente diferente do modelo anterior, com linhas mais retas e imponentes. É reconhecido como um dos mais belos carros da década de 1960.
Em 1969 a Dodge lançava as duas versões especiais mais famosas, o Charger 500 e o Charger Daytona. Eles eram a resposta da marca, que no ano anterior não conseguira superar a Ford na NASCAR, a tradicional categoria americana que serviu de inspiração para nossa Stock Car (saiba mais). O Charger 500 tinha como grande diferença o vidro traseiro, mais arredondado, que acompanhava a coluna posterior, proporcionando melhor fluxo de ar, e que se tornaria padrão nos modelos subseqüentes. O carro passou por extensos testes no túnel de vento para vencer a aerodinâmica da Ford. Sua motorização seguia como nos R/Ts, baseada no 440 e no 426.
O Daytona era um caso à parte, significando o máximo da extravagância da Dodge. Um longo "nariz" tipo tubarão à frente do capô e enorme aerofólio traseiro conferiam ao modelo um melhor coeficiente aerodinâmico (Cx) e uma sustentação negativa que "grudava" o carro no chão. Eram fundamentais para participar de um campeonato em que quase todas as provas eram disputadas em circuitos ovais, com mais de 30% de inclinação nas curvas (leia boxe).
Durante os testes a Chrysler utilizara um aerofólio comum, mas a pressão aerodinâmica era tão forte que chegava a amassar a tampa do porta-malas nos pontos de apoio. A solução foi ancorar o aerofólio nas extremidades laterais. Como o porta-malas precisava ser aberto, a única solução encontrada foi elevar o aerofólio, que acabou ficando com dimensões gigantescas.
Uma frente alongada, um imenso aerofólio e o Charger se transformava no Daytona, o vencedor da NASCAR em 1971
Uma frente alongada, um imenso aerofólio e o Charger se transformava no Daytona, o vencedor da NASCAR em 1971
Nos demais modelos de rua o Charger 1969 trazia itens dos modelos de competição, como as grandes lanternas retangulares traseiras, a nova grade dianteira com uma divisão central e luzes de posição nas laterais. Outra novidade era a série SE (Special Edition), que oferecia acabamento em madeira, bancos esportivos mais baixos e rodas especiais -- não era uma versão despojada, como no Dart nacional. O pacote SE era oferecido tanto nos Chargers comuns quanto nos R/Ts. Neste ano também o Charger era vendido com o motor 440 Six Pack, de três carburadores duplos, que equipava apenas o Dodge SuperBee e o Plymouth RoadRunner.
O ano de 1970 não trazia grandes novidades, o que influenciou nas vendas do Charger. As maiores diferenças eram as opções do motor 318 no Charger 500 e do 440 V8 Six Pack de 385 cv no Charger R/T. Este ganhava também um vinco lateral nas portas, a grade voltava a ser completamente vazada, sem a coluna central, o pára-choque era fundido com o adorno da grade e capô tinha tomadas de ar maiores. Mas as modificações não foram suficientes para segurar a queda das vendas.

O começo do fim

No ano seguinte, 1971, o Charger passava por sua segunda reformulação. Recebia uma grade mais larga com quatro faróis circulares expostos, faróis auxiliares retangulares e novo formato da coluna traseira, que se prolongava até a traseira e acentuava o formato fastback. As linhas laterais eram substituídas por um desenho mais arredondado e limpo, além das duplas entradas de ar nas portas. Nessa época a Dodge já havia lançado o Challenger (leia adiante) e as mudanças no Charger distinguiam as pretensões e objetivos de cada um dos modelos.
O resultado da plástica deu ao Charger um perfil mais dócil, com melhor aerodinâmica, mas o carro perdeu parte do seu espírito esportivo. Esse foi o último ano dos motores 426 Hemi e 440 Six Pack, devido às rigorosas leis de emissões que começavam a vigorar nos Estados Unidos. Como uma forma de compensar a perda, a Chrysler lançava o pacote SuperBee, derivado do Dodge de mesmo nome, com o motor 383 V8 Magnum (6,3 litros) e 335 cv. Mas ele sobreviveu apenas um ano.
O ano de agonia do Charger foi 1972, quando a marca encerrou as vendas do R/T e do SuperBee. Era um sinal de que o fim dos muscle cars estava chegando. Os fabricantes estavam reduzindo a taxa de compressão e empobrecendo a mistura ar-combustível de seus motores, e os carros perdiam muito em potência e desempenho. A alternativa era o Rallye Package, que não tinha o mesmo brilho do R/T e só trazia modificações estéticas. Nesse ano-modelo o Charger voltava a usar faróis camuflados.
Em 1971, a renovação que retirou sua esportividade: os faróis eram expostos -- o que duraria apenas um ano -- e o perfil estava mais sóbrio, sinalizando as reduções de potência que viriam mais tarde
Em 1971, a renovação que retirou sua esportividade: os faróis eram expostos -- o que duraria apenas um ano -- e o perfil estava mais sóbrio, sinalizando as reduções de potência que viriam mais tarde
Em 1973 o Charger recebia um novo retoque de estilo, que o transformava em um carro de luxo, fugindo ao conceito despojado dos muscle cars. Agora possuía teto solar, os vidros traseiros eram fixos, as tradicionais tomadas de ar no capô eram retiradas: transformava-se em um carro comportado. Os pacotes Rallye e SE continuavam sendo oferecidos. Apesar da perda de identidade, o carro vendeu bem, pois se adequava à realidade da época.
O ano de 1974 ficou marcado pelo fim da carroceria esportiva do Charger. Já não fazia mais sentido manter as configurações do modelo que estava se tornando um cupê pesado e sem esportividade. Diante do início da crise do petróleo um ano antes e da implacável legislação antipoluição americana, não só a Dodge, mas todas as marcas estavam descontinuando seu portentosos fastbacks e cupês anabolizados.
Nesse ano motor 440 tinha a potência reduzida para 275 cv (agora líquidos, conforme novo padrão de medição adotado nos EUA em 1972). O Charger continuou sendo vendido até 1978, mas em 1975 passava a ser apenas um clone do Chrysler Cordoba. Muitos entusiastas pregam que o carro morreu em 1974 e não reconhecem como Chargers os modelos vendidos a partir desse ano.
Nos últimos anos apenas a carroceria de três volumes bem definidos foi oferecida (este é de 1971), não mais a fastback: para muitos, os modelos de 1975 a 1978 não são considerados Chargers
Nos últimos anos apenas a carroceria de três volumes bem definidos foi oferecida (este é de 1971), não mais a fastback: para muitos, os modelos de 1975 a 1978 não são considerados Chargers

No Brasil

A Chrysler Motor Corporation, fundada nos Estados Unidos em 1925, chegou ao Brasil em 1949 através da Brasmotor, que montava seus automóveis importados em regime CKD (completamente desmontados) e um ano depois faria o mesmo com os Volkswagens. Em 1958 instalava-se no Brasil uma subsidiária da Simca francesa, da qual 25% pertenciam à Chrysler, para produzir o Chambord (leia história).
Em 15 de agosto de 1967 a empresa era absorvida, surgindo então a Chrysler do Brasil S.A., com sede no quilômetro 23 da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP, de frente à Volkswagen. Após manter por mais de 10 anos a fabricação desse Simca e de suas evoluções, a subsidiária brasileira optou pela produção de carros da marca Dodge.
Antes mesmo que a empresa lançasse no mercado os novos Esplanada, Regente e GTX, em abril de 1968, o governo brasileiro já aprovara um investimento de 50,2 milhões de dólares, para a produção de caminhões Dodge e o projeto de desenvolvimento e fabricação dos automóveis Dart com motor V8.
Um dos maiores inconvenientes era a autonomia, pois o tanque comportava apenas 62 litros. O alto consumo de gasolina — 4 a 5 km/l — fazia pouca diferença naquele tempo, anterior à primeira crise do petróleo. A fábrica, otimista, falava em 8,1 km/l. Como novidade, a suspensão apresentava braços sobrepostos com barra de torção longitudinal na dianteira, em vez de mola helicoidal, mais comum. Na traseira havia um eixo rígido com molas semi-elíticas. A direção, embora ainda não tivesse assistência hidráulica, não era muito pesada, ao custo de uma relação muito alta (24:1, depois 16:1 na assistida).
Os proprietários reclamavam, no entanto, dos freios a tambor nas quatro rodas (apesar de as dianteiras terem dois cilindros de roda, de modo a cada sapata ser primária, auto-energizante), que não correspondiam à expectativa, dados o peso do veículo e as velocidades que podia alcançar. A mesma crítica aplicava-se aos pneus de construção diagonal, que a própria fábrica não recomendava para mais de 150 km/h, mas havia opção de radiais Pirelli CF67 Cinturato, garantidos até 180 km/h.
Charger R/T
Depois do lançamento do Dart sedã, a Chrysler ampliou sua linha. Em outubro de 1970 lançava o Dart Coupé, de duas portas sem coluna lateral, e a opção de direção assistida, seguindo-se em novembro, por ocasião do Salão do Automóvel, as versões esportivas Charger LS e Charger R/T. Já como modelo 71, o Charger distinguia-se dos Darts pelo estilo intimidador e pela gama de opcionais oferecida, fazendo dele um dos carros mais cobiçados do país.
Dodge Charger
O Charger R/T chegava provocando sensação: colunas traseiras alongadas, faixas pretas, bancos individuais com câmbio no console, freios dianteiros a disco.
O Charger R/T, com sua sigla que significava road and track (estrada e pista em inglês), oferecia um pacote completo: bancos dianteiros individuais com console central, câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho, direção assistida, freios dianteiros a disco, conta-giros. Por fora exibia rodas e acabamentos esportivos, faixas pretas, faróis ocultos atrás da grade, colunas traseiras alongadas sobre os pára-lamas, teto revestido de vinil. Sob o capô, que possuía travas externas, estava o mais potente motor de um carro nacional.
Era o mesmo 318 V8, mas vinha com taxa de compressão mais alta (8,4:1 em vez de 7,5:1), o que exigia o uso de gasolina azul, de maior octanagem — pela primeira vez no Brasil desde o Willys Interlagos. A potência bruta passava de 198 cv para 215 cv, e o torque máximo, de 41,5 para 42,9 m.kgf. Essa versão demonstrou-se o carro de série mais veloz fabricado no Brasil: chegava aos 190 km/h.
O Charger LS, por sua vez, caracterizava-se como um cupê de luxo com certa esportividade. Oferecia de série câmbio de três marchas, motor de 205 cv e o mesmo painel do Dart, mas podia receber opcionalmente bancos individuais separados por um console, caixa automática, ar-condicionado e direção assistida. Era possível ainda equipá-lo com itens do R/T, como escapamento duplo, conta-giros, rodas esportivas e o motor 10 cv mais potente.
Novo estilo no Charger Para 1973 (ano do lançamento do médio 1800/Polara) havia novidades nos Chargers LS e R/T: faróis duplos (ainda escondidos atrás da grade, como no modelo americano) com as luzes de direção entre eles e novas lanternas traseiras. O R/T perdia as travas externas do capô e as faixas pretas sobre ele. Por dentro, instrumentos redesenhados, lampejador do farol alto e ajuste interno do retrovisor externo esquerdo, uma inovação.
O Charger 1973 passava a ter dois faróis, ainda atrás da grade, e era o primeiro nacional com ajuste interno do retrovisor
O Charger 1973 passava a ter dois faróis, ainda atrás da grade, e era o primeiro nacional com ajuste interno do retrovisor
Isso tudo o diferenciava bastante dos modelos anteriores. Suas vendas cresciam e logo as demais marcas se sentiriam ameaçadas. A Ford preparava às pressas o Maverick GT e a GM estudava novas formas de ganhar potência no Opala SS 4.100. A Chrysler aproveitava sua superioridade em potência nos anúncios publicitários do modelo, chegando a dizer que "carro esporte com menos de 200 hp é brincadeira", enquanto exibia imagens de crianças em carrinhos de bater de um parque de diversões...
Na linha 1974 o Charger trazia novas faixas laterais, rodas esportivas e a inédita, até então, caixa automática com alavanca no assoalho e bloqueio do conversor de torque na terceira e última marcha. Este recurso faz com que o câmbio opere como uma caixa manual em terceira, eliminando o deslizamento do conversor e as perdas de energia resultantes.
Comparativos eram feitos entre o Charger R/T e o recém-lançado Maverick GT, com seu V8 de 4,95 litros e 199 cv brutos. Os números de desempenho eram semelhantes, mas com pequena vantagem do Charger nas provas de aceleração. Apesar de toda a euforia, ocorria a primeira crise do petróleo e, com a gasolina subindo assustadoramente de preço, o Charger via suas vendas em queda no final do ano.
Como paliativo para conter o consumo, toda a linha Dodge passava a dispor como opcional do Fuel Pacer System (traduzível por sistema moderador de consumo de combustível). O recurso acionava os repetidores de luzes de direção dos pára-lamas dianteiros, à vista do motorista, sempre que o pedal era pressionado além de certo ponto. Não havia uma limitação mecânica, apenas o alerta de que o consumo era excessivo naquele momento.
Seu princípio era o mesmo dos vacuômetros, tão comuns à época: orientar o usuário a manter o mínimo de pressão no acelerador, exatamente o que hoje se sabe não ser um meio de economizar (saiba mais). Curioso é que uma conhecida revista, ao realizar testes, concluiu que utilizar o sistema poupava até 25% de gasolina! Só que, para evitar que a luz se acendesse, o motorista precisava pisar muito pouco e a aceleração de 0 a 100 km/h de um Charger R/T automático levava 17,8 segundos em vez de 10,3 s. Assim é fácil...
No Salão do Automóvel de 1974, a Chrysler exibia os modelos 1975 com caixa automática opcional. O Charger era alvo de novos retoques estéticos: faixas laterais, lanternas traseiras, painel de instrumentos. A publicidade continuava a se impor diante dos concorrentes, chegando a dizer que o Charger era o "único carro esporte nacional que olha de frente para os importados", que até 1976 poderiam ser adquiridos no Brasil.
Com o motor 250-S no Opala SS, o Brasil passava a contar em 1976 com três fortes concorrentes no mercado de esportivos. Com desempenhos cada vez mais próximos, os compradores muitas vezes optavam por ele ou pelo Maverick GT por serem cerca de 25% mais baratos. Isso não amedrontava a Chrysler, mas a escassez de gasolina azul nos postos, sim.
Ainda em 1976 a Chrysler fazia algumas mudanças em sua produção. Tirava de linha o Charger LS. O R/T agora contava com bancos mais altos, novos volante e faixas laterais. A partir de 1977 o esportivo tinha a taxa de compressão reduzida (de 8:4;1 para 7:5;1), ficando igual à dos demais modelos, para possibilitar o uso da gasolina amarela, comum, mais barata e mais fácil de encontrar que a azul.

Em 1978 o Charger R/T já não era mais o mesmo: perdia as entradas de ar do capô e a alta taxa de compressão, o que resultava em menor potência
Em 1978 o Charger R/T já não era mais o mesmo: perdia as entradas de ar do capô e a alta taxa de compressão, o que resultava em menor potência

O princípio do fim

Para 1978 o Charger R/T não contava mais com o famoso capô com falsas entradas de ar. Tinha o revestimento de vinil do teto limitado à seção traseira, padrão denominado Las Vegas, e novas faixas laterais. Tudo isso dava um ar mais comportado. Na mecânica, apenas pneus radiais de série e a recalibração do carburador, visando a maior economia. Saía de produção o Gran Sedan, restando somente o Dart de Luxo e o Charger R/T.
Uma remodelação total vinha em 1979. Todos os modelos eram modificados, ganhando maior conforto ao rodar, devido à suspensão recalibrada e ao melhor revestimento acústico. O Dart exibia nova frente, como no modelo americano de 1974, com a grade pouco mais alta na região dos faróis, um "bico" no centro, pára-choques mais robustos e, na traseira, lanternas em linha horizontal. Com bancos individuais reclináveis, opcionais, o câmbio manual de quatro marchas passava a vir no assoalho.
Surgiam duas novas versões: o cupê Magnum e o sedã de quatro portas Le Baron. Topos de linha da Chrysler, custavam mais caro que o Charger R/T e tiveram seu lugar no mercado, devido à demanda gerada pela proibição das importações em 1976. A carroceria era a mesma do Dart, exceto nas seções dianteira e traseira, feitas em plástico com fibra-de-vidro, o que permitia as modificações de estilo a custo baixo.
O sedã Le Baron (esquerda), novo topo de linha para 1979, e o Dart cupê reestilizado: a frente de plástico permitia mudanças de estilo a baixo custo
O sedã Le Baron (esquerda), novo topo de linha para 1979, e o Dart cupê reestilizado: a frente de plástico permitia mudanças de estilo a baixo custo
Ambos exibiam quatro faróis, pára-lamas traseiros com sutis "rabos de peixe", calotas cromadas de desenho clássico e um interior luxuoso. Os bancos do Le Baron, bem acolchoados, pareciam poltronas, e o rádio/toca-fitas tinha antena elétrica. O Magnum vinha ainda com pneus radiais 185-14, de série, e lembrava um targa com a solução da capota, em que uma moldura na cor da carroceria ligava as colunas centrais de cada lado.
Os dois modelos traziam algumas novidades mecânicas: novo radiador, tanque de combustível bem maior (de 62 passava, enfim, a 107 litros, essencial para o regime de postos fechados das 20h às 6h e nos fins-de-semana), bateria e alternador de maior capacidade e, em relação ao Charger R/T, suspensão mais macia. O Magnum podia ter câmbio manual de quatro marchas ou automático de três, com alavanca no assoalho; o Le Baron, manual ou automático de três marchas, sempre na coluna de direção.
O Charger R/T 1979 perdia esportividade com a traseira similar à do Dart e colunas traseiras normais, embora ganhasse persianas nos vidros laterais
O Charger R/T 1979 perdia esportividade com a traseira similar à do Dart e colunas traseiras normais, embora ganhasse persianas nos vidros laterais
O R/T tornava-se mais um carro de luxo que um esportivo, ganhando nova frente, com um "bico" em plástico e fibra-de-vidro, e traseira similar à do Magnum, além de pintura em dois tons. Desapareciam os prolongamentos das colunas traseiras e surgiam persianas nos vidros laterais posteriores, de estética interessante.
Passava a ser oferecido com rodas de alumínio, as primeiras de fábrica no Brasil, mas os pneus radiais voltavam a ser opcionais, um retrocesso inaceitável. Novos bancos e acabamentos internos diferenciavam-no bastante do modelo anterior. E começava a perder sua autenticidade: as suspensões eram suavizadas, o volante vinha do Dart, o couro dos bancos dava lugar a vinil e até mesmo o conta-giros havia sido retirado do painel, substituído por um relógio.
Ainda em 1979, vítima da crise do petróleo e do desinteresse pelos carros grandes, a Chrysler era comprada pela Volkswagen, que passava a produzir seus caminhões nas instalações da empresa americana e manteve por pouco tempo a produção dos automóveis Dodge. No ano seguinte a razão social da fábrica desaparecia, pois a VW obtivera o restante das ações das mãos de terceiros.
A linha desse ano quase não sofria atualizações, exceto pelo Charger, que se tornava cada vez mais sóbrio. A falta de interesse do novo dono foi logo refletida nele, que acabou perdendo a pintura em dois tons e a persiana lateral. Já o Magnum recebia um interessante recurso como opcional: o teto solar de controle elétrico, comandado por um botão no painel e primazia em um carro nacional. Nas versões mais luxuosas, os Dodges traziam ainda iluminação na chave e limpador de pára-brisa com lavador elétrico.
Os consumidores tinham receio. Com a segunda crise do petróleo, em 1979, o preço da gasolina passava a ser um fator considerável na compra e os rumores em torno do fim da linha Dodge eram constantes. O fim parecia próximo — e realmente estava. A sigla R/T se despedia já em 1980, e o ano seguinte marcaria o fim da linha Dart e do médio Polara no Brasil. Apenas os motores V8 continuaram a ser produzidos, para equipar os caminhões Volkswagen.
Mais de 20 anos se passaram desde que os Dodges saíram de linha, mas eles continuam motivo de paixão e dedicação entre os aficionados. O Charger R/T, em especial, marcou época entre os carros nacionais por seu estilo e desempenho. Serão sempre lembrados pelos admiradores como alguns dos mais desejados automóveis de série do Brasil.
Fonte: www2.uol.com.br
Dodge Charger
Dodge Charger 1979 - O lado emocionante da vida
Dodge Charger
O Charger R/T de 1979 é muito raro e foi bastante modificado em relação ao ano anterior.
Com a frase "O lado emocionante da vida", em setembro de 1978, a várias vezes finada Chrysler do Brasil deu uma "virada de mesa" em sua linha de produtos "grandes", já para a chamada linha 1979: mudou a frente e a traseira dos modelos, lançou duas linhas luxuosas -Magnum e LeBaron- e modificou completamente o seu esportivo, o Charger R/T. Assim, sua linha de V8 ficou composta por Dart, Magnum, LeBaron e Charger R/T.
Caracterizado até 1978 pelas extensões das colunas traseiras, que tinham nítida inspiração nas lanchas dos anos 60, o Charger passou a ser, na verdade, pouco mais que um "up-grade" do Dart. Era o prenúncio do fim que se avizinhava, com a recente aquisição da marca pela Volkswagen do Brasil.
Desprezado pelos fãs mais ardorosos dos Charger, que enxergam no modelo de 1979 uma espécie de "ovelha-negra" da linhagem, na verdade é o Dodge mais raro fabricado no Brasil; o modelo teve baixíssima produção (segundo dados da própria Chrysler menos de 200 foram produzidos). Isso torna indispensável a atenção sobre este Charger, quase uma obrigação para os antigomobilistas, em especial neste momento de reencontro dos colecionadores ou novos colecionadores com a história da indústria nacional. Este ano de 1979 representa o de maiores modificações recebidas no Charger desde seu lançamento, em 1971, apesar de muitos considerarem um retrocesso em termos de esportividade. Não é assim que pensamos.
Por Dentro
No habitáculo, nada foi mudado em termos dimensionais. Espaçoso na frente, acanhado atrás, por conta do túnel central e da baixa altura do assento, o Charger R/T, a exemplo do seu irmão mais caro Magnum, ficou um tanto quanto "abafado", por conta das persianas laterais externas, denominadas "opera window" ("janelinhas" no Magnum, em lugar das persianas). Se por um lado estes itens de decoração têm um inconveniente, que é a limpeza externa do vidro, por outro acrescentam muito no visual do carro, praticamente modificando o desenho da lateral, o mesmo recurso estilistico que foi utilizado no Dodge Aspen R/T norte-americano de 1979.
Para 1979, novos revestimentos de tecido deram lugar ao couro que até então era característico dos Charger. Os encostos dos bancos dianteiros são altos. O contagiros, item obrigatório em qualquer carro de pretensões esportivas, foi eliminado, dando lugar a um inútil relógio (é de se imaginar que o consumidor deste tipo de carro pelo menos usasse relógio de pulso...). Painel de instrumentos e seus grafismos, almofada de proteção, acionamento dos vidros por manivelas, nada mudou. Há um console central com porta-objetos, que incorpora a alavanca de câmbio (o freio de estacionamento éacionado por uma haste sob o painel) e o condiconador de ar era opcional. O espelho retrovisor externo conta com controle remoto (por cabos), não havendo a a opção para espelho do lado direito.
O volante original tem quatro raios, genérico à toda linha. No modelo mostrado nesta reportagem, o interior é azul-claro, incluindo carpetes, revestimento do teto e laterais, em combinação com a pintura externa, e o volante foi substituído por um de Charger mais antigo, de três raios, revestido de camurça azul. O rádio toca-fitas original e a antena elétrica também são (raros) opcionais da época.
Dodge Charger
Interior

Por Fora

Pintura em dois tons era o grande diferencial do Charger R/T 1979. Podia ser em bege e marrom ou azul claro e escuro, como este que apresentamos. A pintura básica é azul claro metálico, com a porção superior do capô e para-lamas dianteiros, bem como os dois-terços dianteiros da capota em azul-escuro metálico. Onde há a junção das duas cores existe um filete adesivo, justamente para dar qualidade de acabamento. Esta unidade foi restaurada ao extremo tendo recebido cuidadoso processo de repintura executado pela oficina Fast Fix, de São Paulo, SP. Raspado literalmente até a chapa, a pintura original foi completamente eliminada, de forma a corrigir defeitos definitivamente; depois foram reproduzidas as duas cores originais por meio de amostras prevíamente reservadas. Trabalho que consumiu praticamente um ano, mesmo não havendo um ponto de ferrugem sequer na carroceria.
De 1978 para 1979 os Dodge sofreram mudanças de estilo profundas. A frente dos Dart passou a ser a mesma dos modelos norte-americanos de 1973, enquanto Charger, Magnum e LeBaron receberam projetos exclusivos desenvolvidos no País, não encontrando similar nos Estados Unidos. Conta com quatro faróis bi-iodo e "nariz" em fibra-de-vidro; na traseira, o Charger recebeu conjunto de lanternas horizontais importado, idêntico ao utilizado nas linhas Dart, Custom e Swínger norte-americanos de 1974, além de nova tampa do porta-malas. Novos pára-choques foram incorporados ao carro, que, na dianteira, contava ainda com um acabamento em fibra de vidro imitando um sistema retrátil, posicionado entre a extremidade do pára-choques e dos pára-lamas. Outro detalhe externo exclusivo, e que só se repetiria no ano seguinte, é o letreiro lateral "Charger", diferente dos anteriores e posicionado nos pára-lamas dianteiros.
O Charger recebeu, para 1979, rodas de liga-leve exclusivas, aro 14 e tala 6 polegadas, e a unidade aqui apresentada conta com este item, inclusive o estepe. Os pneus originalmente eram nas medidas 1 85/SRi 4, tendo sido substituidos por um conjunto importado na medida 225/70-14. Foi o primeiro automóvel de linha nacional equipado com rodas de liga-leve.
Roda
Roda
No modelo apresentado, a tampa do tanque de gasolina foi trocada por outra cromada, já que a original "cansou" de sofrer na mão de frentistas despreparados e acabou quebrada. A solução veio da SóDodge, de São Paulo, SP, que conta com bom estoque de peças para a linha. Nos pára-lamas dianteiros os repetidores dos piscas têm outra função: quando o motorista acelera além da conta a luz do lado esquerdo se acende, avisando que está havendo desperdício de gasolina. E chamado de "Fuel Pacer" e funciona de maneira perfeita.

Mecânica

O Charger R/T 1979 manteve o mesmo motor 318V8 de 5.212 cm3, com 208 cv de potência a 4.400 rpm (chegou a ter 215 cv mas foi reduzida por conta da diminuição da taxa de compressão de 8,4:1 para 7,5:1, possibilitando o uso de qualquer tipo de gasolina da época). Mas melhor que potência, o torque dá o tom nos motores Dodge V8: nada menos que 42 kgm de torque a 2.400 rpm, ou seja, muito torque já em baixas rotações.
Motor V8
Motor V8
A caixa de câmbio é Clark, manual de quatro marchas, com alavanca no console central. Tem engates muito suaves e precisos, desde que mantido bem ajustado. Opcionalmente poderia receber caixa de mudanças automática, com seletor também no console. A embreagem é pesada para os padrões de hoje, já que muitos modelos mais "populares" contam com assistência hidráulica, coisa inimaginável num nacional dos anos 70.
Os freios seguem o padrão que caracteriza a indústria brasileira até hoje,na forma de discos dianteiros na frente e tambores atrás, com sistema de servo-freio (hidrovácuo). Para frear totalmente a partir dos 100 km/h, o Charger gastou 47 metros. Estão à altura do desempenho do carro, mas por conta do eixo traseiro rígido, podem causar algumas supresas quando exigidos mais dura-mente, enquanto a direção assistida hidraulicamente é muito leve, possibilitando manobras com o uso de apenas uma mão. Sofisticado, se considerarmos o Charger inserido no contexto de sua época, ou seja, um carro projetado nos anos 60.
As suspensões contam com sistema de barras de torção longitudinais na frente e feixe de molas atrás, melhoradas, no modelo testado, pela utilizaçãode amortecedores pressurizados Gabriel vindos dos Estados Unidos, com "jumelos" também importados para aumentar um pouco a altura.
Com este pacote mecânico, o R/T é capaz de acelerar de O a 100 km/h em pouco mais de 11 segundos, chegando à velocidade máxima de 192 km/h, conforme números aferidos pela Revista AUTO&MECÂNICA, edição 10. São números muito bons, considerando a idade do projeto e do carro mostrado, além dos 1.700 kg de peso do modelo. Convém lembrar que o motor é bastante "manso" e a carburação DFV 446 deixa muito a desejar. Com um bom conjunto de coletor de admissão/quadrijet e comando de válvulas, consegue-se fácil mais 50 cv.
A suspensão se mostra demasiado macia, em especial para o modelo de 1979, que foi recalibrada com foco no conforto, mas nada que comprometa, e toda oportunidade de guiar um carro destes é tratada com festa. E um daqueles carros que realmente dá muito prazer ao motorista.
Conclusão
Para os conhecedores, este Dodge Charger R/T 1979 é um ícone, já que marca o ano de uma série de mudanças de estilo nos carros da marca. Por outro lado, dava inicio ao fim de uma era, a dos motores V8, que já se manifestava com o encerramento da produção dos Ford Maverick e Galaxie. A era dos V8 "made-in-brazil" voltaria anos depois, com a mesma Chrysler e sua excepcional pickup Dakota, usando o mesmo motor 318V8. Mas do sonho ao pesadelo a viagem foi muito rápida, e logo a Dakota deixou de ser produzida no País. Para os fãs, a Chrysler parece não ter jeito...
Dodge Charger R/T 1979
Dodge Charger R/T 1979
Para os menos apaixonados, o Charger R/T 1979 encerrou uma geração de carros muito interessantes, já que os esportivos passaram a luxuosos e, nesta ótica, o Magnum estava muito mais adequado ao consumidor deste tipo de carro.
Na opinião de Classic Cars, trata-se de um modelo bastante interessante para a preservação da história da indústria nacional. Teve poucas unidades produzidas (veja box) e são contados nos dedos de uma mão os raros remanescentes em excepcional estado, como este aqui apresentado.
Fonte: dodgehomepage.tripod.com
Dodge Cherger

Charger R/T

Charger R/T
Charger R/T
Em 1971, Emerson Fittipaldi, na época o primeiro piloto da Lotus, não foi econômico nos elogios ao Dodge Charger RT, quando comentou o esportivo durante um teste comparativo a convite de QUATRO RODAS (edição de março): "Ótima estabilidade, obediente, gostoso de dirigir e direção excelente".
O Charger RT era o puro-sangue da linha Dodge nacional, lançado em 1970 pela Chrysler, recém-chegada ao Brasil. Derivado do Dodge Dart cupê, ele tinha cara e potência de carro americano. Mas custava caro: para tirar um modelo 1975 - igual ao da foto - da loja, era necessário fazer um cheque de 74.200 cruzeiros, aproximadamente 50.000 reais em valores atuais.
Com 215 cavalos, ultrapassava facilmente os 180 km/h e acelerava de 0 a 100 em 11 segundos. Essa marca era obtida graças à elevada taxa de compressão do motor, que obrigava o Charger a consumir gasolina azul em altas doses - fazia 4 km/l na cidade e 6 km/l na estrada. Gasolina azul era a designação do combustível de maior octanagem, opção para gasolina comum (amarela) e, é claro, de preço bem mais alto.
Dirigir hoje um Charger RT requer adaptação. Se o som do motor convida a pisar mais fundo, os freios intimam: é preciso firmeza no pedal para imobilizá-lo. Está certo que o desempenho do motor já não impressiona tanto, mas ele mantém intacta sua alma de carrão esportivo. A suspensão é um pouco dura e a embreagem é pesada, mas o câmbio de quatro marchas, no console, tem engates precisos e a alavanca, deslocada para a esquerda, é de fácil manejo.
O interior é despojado, à exceção dos bancos individuais de couro, totalmente reclináveis, que faziam a alegria dos namorados. Isso sem falar do ar-condicionado (opcional) instalado sob o painel, um luxo para poucos na época. A direção hidráulica era equipamento de fábrica.
Charger R/T
Charger R/T
O RT sobreviveu por um bom tempo ao preço alto da gasolina - conseqüência da crise do petróleo que teve início com a guerra no Oriente Médio, em 1973. A linha Dodge foi fabricada até 1981, quando a Volkswagen, que havia assumido o controle da Chrysler brasileira, interrompeu a produção. Perfeito ele não era.
O tratamento da chapa era deficiente e facilitava a proliferação da ferrugem. E o carburador DFV estrangulava o vigoroso V8 e falhava na alimentação do motor em alta rotação. Mas nada disso impediu que fosse o mais desejado esportivo nacional. Emerson Fittipaldi, depois de testá-lo, disse que compraria um para seu uso caso morasse no Brasil.
Fonte: quatrorodas.abril.com.br