domingo, 30 de dezembro de 2012

Funcionamento do motor quatro tempos

  1. Balancim da válvula de admissão;
  2. Tampa das válvulas
  3. Duto de admissão
  4. Cabeçote
  5. Galerias de arrefecimento
  6. Bloco do motor
  7. Cárter
  8. Óleo
  9. Eixo do comando de válvulas
  10. Balancim da válvula de escape
  11. Vela
  12. Duto de escape
  13. Pistão
  14. Biela
  15. Virabrequim
  16. Eixo do Virabrequim

Ao abrir o capô do seu carro você já se perguntou o que é que ocorre dentro do motor e que faz seu carro andar? Se já, então é para você que escrevemos este artigo inaugural da seção "Como Funciona". Aqui abordaremos os princípio dos motores a combustão interna, particularmente os chamados motors de quatro tempos.

Primeiro começaremos respondendo uma pergunta que surge naturalmente: por que quatro tempos? O nome vem da quantidade de etapas ou variações de volume ocorridas dentro de cada cilindro para que o motor complete um ciclo inteiro. Na discriminação de cada um dos quatro tempos ficará mais claro o porque desta nomenclatura.

Mas qual o princípio que faz a gasolina ao alimentar o motor produzir movimento? A gasolina é um elemento inflamável e sob algumas condições explosivo. Pois é justamente utilizando-se desta propriedade da gasolina (do álcool, diesel e outros combustíveis) que se consegue movimento do motor e consequentemente do carro, ou seja, através da produção de explosões controladas dentro da câmara de combustão dos motores, faz-se com que os pistões movimentem-se, produzindo movimento, daí vem a origem do nome - motores a combustão interna.
Para se produzir estas explosões dentro das câmaras de combustão do motor, são necessários quatro etapas ou ciclos de variação do movimentos dos pistões, até que um novo processo completo se inicie novamente. Acompanhe cada um dos "quatro tempos":

1º Tempo: ADMISSÃO - À medida que o pistão move-se do PMS (Ponto Motor Superior), ou seja, a posição mais elevada de seu curso, para o PMI (Ponto Morto Inferior), ou posição mais baixa de seu curso, à válvula de admissão se abre e a mistura de ar e combustível é vaporizada para dentro da câmara de combustão por aspiração, produzida pela descida do pistão. O Virabrequim efetua meia volta durante este tempo.
2º Tempo: COMPRESSÃO - A seguir a válvula de admissão fecha-se. À medida que o pistão desloca-se para o PMS, a mistura ar/combustível é comprimida. O Virabrequim executa outra meia-volta, executando a primeira volta completa (360º).
3º Tempo: COMBUSTÃO - Pouco antes do pistão atingir o PMS, o sistema de ignição transmite corrente elétrica à vela, produzindo uma faísca entre os eletrôdos desta, no exato momento em que o pistão completa seu curso ao PMS. Exatamente pela combinação da compressão da mistura e da faísca produzida, ocorre uma explosão dentro da câmara, que produz energia e gases. A energia produzida pelo processo empurra - na forma de expansão dos gases - o pistão para baixo até o PMI. O Virabrequim efetua outra meia volta (540º).
4º Tempo: ESCAPE - Depois da queima da mistura e da expansão dos gases, a válvula de escape se abre. Os gases formados durante o processo, são expulsados para fora do cilindro pelo movimento do pistão do PMI para o PMS. O Virabrequim efetua outra meia volta, completando 720º desde o início do processo.

Justamente porque o pistão realiza quatro tempos (Admissão, Compressão, Combustão e Escape) para somente então iniciar um novo ciclo completo, é que se dá a motores desta categoria o nome: Motor Quatro Tempos.

É importante salientar que nos motores quatro tempos, somente no tempo de Combustão que se produz energia mecânica, enquanto que os outros três tempos são passivos e consomem energia. Os motores de dois tempos são mais eficientes neste aspecto, justamente porque esta relação é de 50%, ou seja, um tempo ativo e outro passivo, mas este será assunto para outra matéria.

Joker

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